Luz Rasteira

Tenho um grupo de alunos no WatsApp e um dos meus malungos (Rey Mendes) Sugeriu um desenho de uma ALBINA. Na minha visão barroca e chiaroscuro[ciana] não pude entender a dimensão de seu pensamento "claro" quase "unitonal", devido a estar eu habituado ao CONTRASTE TEUTÔNICO Simultâneo. Rejeitei de imediato sua ideia clarificante, mas resistir, não pude eu.

Acabei por iniciar um desenho à sanguínea sobre papel Mi-tents creme, uma serpente apareceu então ao lado do desenho e isso a unia intrinsecamente ao REALISMO SIMBÓLICO.

Pensando sobre que tema deveria ela ter, cheguei depois de muitas ajudas sugestivas nomenclaturais a:  LUZ RASTEIRA. Por quê era a luz de fato a protagonista suprema deste quadro.

Essa é parte que coube ao REALISMO. Mas no que se refere ao Símbolo, muito há de se pensar.

Rey me sugeriu a imagem do triângulo, pois em suas palavras: "o triangulo, é a figura mais firme na engenharia".

Sendo Rey entre outras coisas poeta, pensei "ut pictura poesis".

Há de forma latente esta marca, como se diz no coloquial nordestino e Elomar[siano]: "abasta vosmicê percurar".

Quanto a etimologia da palavra RASTEIRA sua origem é o Latim serpens, particípio presente de serpere, “rastejar”, do Sânscrito sarpati, “ele rasteja”. Esta palavra originou o Grego herpein, “rastejar”, que é usado na designação de uma doença viral, o herpes-zóster, assim chamada porque apresenta lesões de pele que se espalham como se rastejassem em determinado trajeto do paciente.

Há aí para mim uma ligação direta pois fora meu pai acometido por essa trágica doença (herpes-zóster) que não mata mas MALTRATA. Acho que daí o medo no olhar da moça.                  


 Assim este marca o 1° Desenho Realista-Simbólico deste ano de 2017.

Apresento-vos LUZ RASTEIRA: