Este já era o conceito central da arte desde seus primórdios, mas lhe faltava uma definição, definição esta que começou a aparecer no caso acima citado.
Em seu tratado, Da Arquitetura, Leon Battista Alberti (1404-1472) define beleza como "uma certa harmonia racional de todas as partes, de tal maneira que toda a adição, toda supressão, toda mudança só poderiam comprometê-la".
Essa "perfeição" poderia ser encontrada na natureza, mas havia quem quisesse superá-la, o caso neste sentido mais conhecido, é o de Zêuxis (464 a.C. - 398 a.C.), pintor da Grécia Antiga. Desejando ele pintar Helena de Troia, pediu aos habitantes de Crotona que lho trouxessem às cinco jovens mais belas da cidade, mas como nenhuma delas correspondia ao seu IDEAL de beleza ele pinta os traços mais belos de cada uma delas. Esse caso influenciou a mentalidade dos Renascentistas, quanto a pensar que a beleza natural não pode satisfazer o ideal do pintor. O artista devia estudar a natureza em sua totalidade, mas sem se submeter totalmente a ela. Naquele momento a ambição do artista já não era apenas rivalizar com a natureza, mas sim, dominá-la e superá-la. Assim para o pintor Renascentista "a bellezza é uma imagem interior do artista que imita as coisas não como elas são, mas como deveriam ser".
Para representar com perfeição esta BELEZA faz necessário o domínio da técnica, mas qual grau deve-se ter? Não acho que o artista forçosamente tenha de chegar ao ponto da ser como numa história famosa de uma disputa com entre Zêuxis e outro pintor, Parrásio:
Para a disputa, Zêuxis pintou um cacho de uvas. Quando mostrou o quadro, dois passarinhos imediatamente tentaram bicar as frutas. Zêuxis então pediu que Parrásio desembrulhasse seu quadro. Este então revelou que na verdade era a pintura que simulava a embalagem do quadro. Zêuxis imediatamente reconheceu a superioridade de Parrásio, pois se tinha enganado os olhos dos passarinhos, este tinha enganado os olhos de um artista.
Livro de Divina Proportione |


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Daí temos a acrescentar sobre este tema a até bem conhecida como a Máscara de Masquardt, desenvolvida pelo cirurgião plástico Dr. Stephen R. Marquardt. Como podemos ver ela é feita a partir de um decágono.
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Máscara de Marquardt |
Daí decide usar esta máscara para ao invés de corrigir algum rosto, produzir um:
Este quadro Será sobre A Beleza, irei postar o seu passo a passo aqui no blog. Acompanhem...
Vejam como está ficando...
Cézanne acabou entrando na história, logo após vem Picasso. Como pode algo tão clássico como a O Belo conceito platônico ser tão acometido de Feiuras... como as aparentes aberrações picassianas??? A Beleza que se exprime dum belo rosto, deve ser aquela que vemos ou que imaginamos? Imitamos a Natureza ou a superamos?
Nada sei, mas penso, e nesse devaneio tolo fico sem resposta, ao menos no momento.
2 Comentários
Ótima explanação do assunto, de forma bem dinâmica a abordagem do tema beleza.
ResponderExcluirEu que agradeço por tirar do seu tempo para ler um texto tão singelo dum assunto TÃO complexo e por que não dizer BELO.
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